Anais dos Seminários de Redução, Minério de Ferro e Aglomeração


ISSN 2594-357X

Título

As características mineralógicas, texturais e de anisotropia dos minérios de ferro como parâmetros geometalúrgicos.

As características mineralógicas, texturais e de anisotropia dos minérios de ferro como parâmetros geometalúrgicos.

DOI

10.5151/2594-357X-1996349

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Resumo

As características mineralógicas, o arranjo dos grãos e a textura dos minérios de ferro são variáveis, dependendo do tipo de jazida e seu posicionamento geológico e estrutural. Por exemplo, os minérios do Quadrilátero Ferrífero, de idade Proterozóica, apresentam uma complexa sequência de cristalização a partir da magnetita "primária" (kenomagnetita), que sofreu martitização parcial ou total e se recristalizou em hematita xenoblástica ou idioblástica, frequentemente como finas palhetas de especularita. Os processos geológicos aos quais os minérios foram submetidos deram origem a uma grande variação no arranjo dos cristais (trama), resultando em minérios granoblásticos (distribuição isotrópica dos cristais), lepidoblásticos (distribuição anisotrópica planar) e nematoblásticos (distribuição anisotrópica linear), com textura entre extremos aleatórios e de quase monocristal, apresentando diferentes graus de anisotropia de suas propriedades magnéticas, dependendo do grau de deformação e metamorfismo. Tais propriedades são determinadas com diferentes graus de dificuldade operacional, obtendo-se grandezas que podem ser utilizadas como parâmetros para a caracterização do minério. Sua influência nos processos metalúrgicos e de beneficiamento está sendo estudada de forma a se definir sua real importância industrial.

 

As características mineralógicas, o arranjo dos grãos e a textura dos minérios de ferro são variáveis, dependendo do tipo de jazida e seu posicionamento geológico e estrutural. Por exemplo, os minérios do Quadrilátero Ferrífero, de idade Proterozóica, apresentam uma complexa sequência de cristalização a partir da magnetita "primária" (kenomagnetita), que sofreu martitização parcial ou total e se recristalizou em hematita xenoblástica ou idioblástica, frequentemente como finas palhetas de especularita. Os processos geológicos aos quais os minérios foram submetidos deram origem a uma grande variação no arranjo dos cristais (trama), resultando em minérios granoblásticos (distribuição isotrópica dos cristais), lepidoblásticos (distribuição anisotrópica planar) e nematoblásticos (distribuição anisotrópica linear), com textura entre extremos aleatórios e de quase monocristal, apresentando diferentes graus de anisotropia de suas propriedades magnéticas, dependendo do grau de deformação e metamorfismo. Tais propriedades são determinadas com diferentes graus de dificuldade operacional, obtendo-se grandezas que podem ser utilizadas como parâmetros para a caracterização do minério. Sua influência nos processos metalúrgicos e de beneficiamento está sendo estudada de forma a se definir sua real importância industrial.

Palavras-chave

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Como citar

Rosário, Carlos Alberto; J., Horst Q.; Jr., Farid Cihemani; Siemens, Heinrich. As características mineralógicas, texturais e de anisotropia dos minérios de ferro como parâmetros geometalúrgicos. , p. 71-88. In: I Simpósio Brasileiro de Minério de Ferro - Caracterização, Beneficiamento e Pelotização, Ouro Preto - MG, Brasil, 1996.
ISSN: 2594-357X , DOI 10.5151/2594-357X-1996349