Título

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE AUSTÊMPERA NA TENACIDADE À FRATURA DE UM FERRO FUNDIDO NODULAR COM CARBONETOS AUSTEMPERADO

INFLUENCE OF AUSTEMPERING TEMPERATURE ON FRACTURE TOUGHNESS OF A CARBIDIC AUSTEMPERED DUCTILE IRON

Autoria

Mazzaferro, Cíntia Cristiane Petry; Froehlich, André Ronaldo; Strohaecker, Telmo Roberto

DOI

10.5151/2594-5327-0329

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Resumo

Neste trabalho, foi desenvolvido um ferro fundido nodular austemperado com carbonetos. Obteve-se o material com carbonetos ainda na fusão mediante controle do teor de silício. O material foi austenitizado a 900°C e austemperado a diferentes temperaturas, 260, 290 e 320°C, para verificar a influência da temperatura de austêmpera na tenacidade à fratura. As amostras fraturadas foram analisadas em microscópio eletrônico de varredura (MEV) para caracterizar os mecanismos atuantes na fratura. Como esperado, com o aumento da temperatura de austêmpera têm-se maiores teores de austenita retida, com diminuição da dureza. Com o aumento da temperatura de austêmpera também foram obtidos maiores valores de tenacidade à fratura, sendo que os valores de tenacidade obtidos para as temperaturas de 290° e 320°C foram bem próximos. A análise das fraturas no MEV revelou a presença de regiões com fratura intergranular apenas para o ferro fundido nodular austemperado a 260°C. Já para as temperaturas de 290 e 320°C o mecanismo de fratura foi quase-clivagem. Em todas as temperaturas de austêmpera utilizadas, os nódulos e os microrechupes presentes nas amostras favoreceram a deformação plástica da matriz adjacente a eles.

 

A ductile iron with as-cast carbides was developed using a low silicon content and low carbon equivalent. Specimens were austenitized at 900°C and austempered at 260, 290 and 320°C, to verify the influence of austempering temperature on fracture toughness. The specimens fracture surface were analysed in scanning eletron microscope (SEM) to caracterize the fracture mechanism. Increasing austempering temperature increases the retained austenite content, and decreases hardness. Higher fracture toughness level values were obtained for 290 and 320°C austempering temperature. The SEM analyses showed regions of intergranular fracture for specimens austempered at 260°C, and for the samples austempered at 290 and 320°C quasi-cleavage predominated. For all austempering temperatures used, graphite nodules and microshrinkage favored plastic deformation of matrix near them.

Palavras-chave

austêmpera – tenacidade – ferro nodular – carbonetos

austempering – toughness – ductile iron – carbides