ISSN 2594-5327
44º Congresso anual — Vol. 44, Num. 1 (1989)
Título
DOI
Downloads
Resumo
Duas classes de refratários do sistema Al₂O₃-SiO₂ foram expostas a uma atmosfera de K–CO–CO₂, no interior de um cadinho de grafita a 1000°C, por tempos variando entre 0,5 e 32 h, para estudo dos mecanismos de interação potássio-refratários. Após os ataques, os corpos-de-prova foram examinados em difratômetro de raios-X e em microscópio eletrônico de varredura com um espectrômetro de energia dispersiva a ele acoplado. O óxido de potássio reage primeiramente com a sílica vítrea da matriz: K₂O + SiO₂ → K₂O·SiO₂ K₂O·SiO₂ + SiO₂ → K₂O·2SiO₂ Os silicatos de potássio migram para os contornos dos grãos de mulita reagindo com ela, para formar kaliofilita: 3(K₂O·2SiO₂) + 3Al₂O₃·2SiO₂ → 3(K₂O·Al₂O₃·2SiO₂) + 2SiO₂ (mulita) (kaliofilita) Como a kaliofilita não coexiste com a mulita em estado de equilíbrio, ela reage com a sílica vítrea para formar leucita: K₂O·Al₂O₃·2SiO₂ + 2SiO₂ → K₂O·Al₂O₃·4SiO₂ (kaliofilita) (leucita) Estas reações caracterizam uma corrosão química dos grãos de mulita, deteriorando a macroestrutura dos tijolos. Além desta corrosão química, a formação da kaliofilita é acompanhada de uma expansão volumétrica de 55,5%, causando tensões internas no tijolo, que podem vir a trincar sob uma variação brusca de temperatura.
Palavras-chave
refratários, potássio, altos-fornos, corrosão, kaliofilita,
Como citar
Marconi, Luis Augusto; Scudeller; Arana, José; Varela; Elson; Longo; Benoni; Torres.
Ataque a refratário de altos-fornos pelo vapor de potássio,
p. 881-898.
In: 44º Congresso anual,
São Paulo, Brasil,
1989.
ISSN: 2594-5327, DOI 10.5151/2594-5327-1989-44-v2-357-374