ISSN 2594-5327
49º Congresso anual — Vol. 49, Num. 1 (1994)
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Resumo
Os ferros fundidos nodulares austemperados constituem uma classe de materiais que potencialmente substituem componentes mecânicos fabricados em aço forjado. A segregação intercelular, quando presente, pode ser um fator importante de fragilização. Foram estudadas as variações de dureza e microdureza durante o tratamento de austêmpera a 400 °C, em dois ferros fundidos nodulares de 2,5% e 3,5% de Silício, com o mesmo número de nódulos por milímetro quadrado e o mesmo teor de carbono na austenita inicial. Inicialmente observa-se queda acentuada da dureza até o início de um patamar, cuja duração aumenta com o aumento do teor de Si. A dureza permanece constante até o início do segundo estágio da transformação. Neste, a austenita estabilizada se decompõe e a dureza aumenta. A microestrutura, entretanto, é heterogênea devido à segregação, o que sugere diferenças importantes de propriedades mecânicas nessas regiões. Foi medida a microdureza Vickers (200 gf) na matriz e nas regiões intercelulares. A variação da microdureza da matriz foi semelhante à da macrodureza durante a transformação, apresentando um patamar de mínimo. Já na região intercelular a queda de microdureza foi muito lenta e não se observou o patamar característico da “janela do processo” de austêmpera. O aumento do teor de Si intensificou este comportamento, resultando em maiores valores de dureza intercelular comparado com a microdureza da matriz e a dureza macroscópica do material. Este fato é explicado pela presença de maiores quantidades de martensita nessas regiões.
Palavras-chave
ferro fundido nodular, austêmpera, microdureza, segregação, silício
Como citar
Manuel, Vélez Restrepo, Juan; Paulo, Tschiptschin, André.
Microdureza e segregação em ferro fundido nodular austemperado: efeito do Si,
p. 389-400.
In: 49º Congresso anual,
Rio de Janeiro, Brasil,
1994.
ISSN: 2594-5327, DOI 10.5151/2594-5327-49v1-389-400