Título

RECUPERAÇÃO DE MINERAIS SULFETADOS COMO SUBPRODUTOS PROVENIENTES DE UM CIRCUITO DE FLOTAÇÃO DE OURO

RECOVERY OF SULPHIDES AS BYPRODUCTS FROM A GOLD FLOTATION CIRCUIT

Autoria

Veneu, Diego Macedo; Brasil, Thaís Ferreira Marks; Junior, Getúlio Gomes de Oliveira; Phillips, Wayne; Gomides, Rodrigo Barsante; Schneider, Claudio L.; Monte, Marisa Bezerra de Mello

DOI

10.5151/2594-5327-21037

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Resumo

Neste trabalho apresenta-se um estudo que faz parte de um projeto mais amplo da Kinross Gold Corporation para a dessulfurização dos rejeitos gerados a partir do minério aurífero sulfetado da mina Morro do Ouro. O minério processado apresenta, em geral, entre 3% a 5% de sulfetos, disseminados ao longo da foliação da rocha e concentrados nos boudins de quartzo. Um estudo da liberação dos sulfetos que constituem o concentrado de flotação do circuito industrial foi realizado por microscopia eletrônica de varredura com mineralogia automatizada de segunda geração (MLA - Mineral Liberation Analyzer). Para a calcopirita, a liberação da ganga atinge valores acima de 90%, para galena acima de 92% e para esfalerita acima de 96%, em todas as frações. Por outro lado, os minerais de interesse 100% liberados, atinge valores abaixo de 0,52% para calcopirita, 0,65% para galena e 0,28% para esfalerita, em todas as frações, evidenciando os baixos teores dos mesmo nos concentrados, quando compardos à pirita e arsenopirita. O emprego dos coletores Aero 3894 e 3418A permitiu uma seletividade na recuperação de calcopirita, galena e esfalerita nas três etapas rougher de flotação. Na etapa rougher de cobre, foram obtidas recuperações acima de 79% de calcopirita; menores de 19% para galena, esfalerita e pirita; e menores de 10% para FeAsS. Na etapa rougher Pb, foram obtidas recuperações acima de 68% de galena e menores de 19% para esfalerita e 11% para calcopirita e FeAsS. Porém, apresentou as maiores recuperações de pirita dentre as três etapas, correspondendo a 30%.

 

This study was performed as part of a wider project conducted by Kinross Gold Corporation on the desulfurization of sulphide gold ore tailings from the Morro do Ouro mine. The ore processed generally contains 3% to 5% sulphides distributed along the rock foliation and concentrated in quartz boudins. A study of the liberation of sulphides in the industrial floatation circuit concentrate was conducted by scanning electron microscopy with a second-generation automated mineralogy system (MLA - Mineral Liberation Analyzer). For chalcopyrite, liberation from the gangue minerals reached values higher than 92%, and for sphalerite, higher than 96% in all fractions. In contrast, for 100% liberated minerals of interest, the values obtained in all fractions were lower than 0.52% for chalcopyrite, 0.65% for galena and 0.28% for sphalerite, showing how low the levels of these minerals in the concentrates are when compared to pyrite and arsenopyrite. The use of Aero 3894 and 3418A collectors allowed selectivity in the recovery of chalcopyrite, galena and sphalerite in the three rougher floatation cells. In the copper rougher cell, we obtained recovery figures higher than 79% for chalcopyrite, lower than 19% for galena, sphalerite and pyrite, and lower than 10% for FeAsS. In the Pb rougher cell, the recoveries obtained were higher than 68% for galena and lower than 19% for sphalerite and 11% for chalcopyrite and FeAsS. However, the highest recoveries in all three cells were obtained for pyrite, corresponding to 30%.

Palavras-chave

Flotação; Minerais sulfetados; Liberação; Coletores.

Flotation; Sulphide Minerals; Liberation; Collectors.